A supervalorização da parte física do futebolista ganhou destaque mundial devido ao crescimento do calendário de competições, regionais, nacionais, continentais e intercontinentais. Este calendário exige um bom preparo físico dos jogadores para suportar uma maratona intensa de jogos, exigindo um alto nível de rendimento físico, técnico e tático. Os atletas estão próximo do limite de desempenho, o que pode acarretar em contusões musculares e ligamentares.
O treinamento de força vem sendo fator primordial e se destacando como um bom método de treinamento para abastecer todas estas valências exigidas durante uma partida de futebol.
Devido a este contexto organizacional do futebol, as manifestações de força explosiva e resistência de força são cada vez mais treinadas e perceptíveis durante uma partida, contribuindo de maneira efetiva para o desenvolvimento e manutenção de um nível melhor de capacidade de explosão e resistência muscular.
Estas manifestações de força são muito importantes durante uma partida, visto que, a “boa condição de força explosiva incide claramente na estrutura de rendimento no jogo e, especificamente, no nível dos músculos de membros inferiores, em virtude de permitir ao jogador realizar de forma dinâmica, rápida e eficaz as mais diversas ações do jogo”. (SILVA, 2001, p20)
Historicamente, o treinamento com pesos em sala de musculação no futebol não era bem visto e muitos mitos foram criados em torno desta prática. Preparadores físicos e técnicos temiam que este método de treinamento, que era conduzido de forma muito empírica e com métodos de cargas de treinamentos baseados nos que eram praticados pelos halterofilistas, deixariam os atletas muito fortes e por consequência os mesmos perderiam a sua mobilidade e habilidade.
Hoje os estudos científicos acerca da musculação estão evoluindo a cada dia, visto que, esse método de treinamento vem sendo o principal responsável pela prevenção de possíveis problemas musculares.
Novos programas e avaliações de treinamentos como o dinamômetro isocinético, utilizado para detectar se o atleta encontra-se com desequilíbrio muscular de membros inferiores, plataforma de força com suas variações de análise de saltos verticais como o squat jump e o contra movimento, foram surgindo através de pesquisas acadêmicas facilitando assim, o trabalho e os resultados esperados e desejados pelos preparadores físicos.
A utilização da musculação no que se refere à prevenção e recuperação de lesão obteve um salto qualitativo no meio do futebol.
O tema vem sendo motivo de pesquisas científicas e altos investimentos no desenvolvimento de metodologias novas de treinamento.
Algumas pesquisas relataram que “estudos internacionais reportaram gastos em torno de 20 milhões de dólares anuais com atletas profissionais de futebol, afastados devido a lesões decorrentes de sua prática” (FONSECA et al, 2007, p.143).
Isso é um prejuízo muito grande para os clubes de futebol, que pode se minimizado se investimentos forem feitos na prevenção destas lesões, e o treinamento de força pode ser uma das alternativas para reduzir estes gastos com atletas machucados.
Fonte - José Mario Pajolla Buck
http://ronaldocastrofutebol.blogspot.com.br/p/about-ronaldo-castro-profile.html
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